Leilão de Anabela
Quem me compra umas calças com flores,
De preferência com mil cores
Costureiros e alfaiates,
Cuidado com as agulhas,
Usem sempre os dedais,
O cuidado nunca é demais.
Esta é a minha profissão,
Este é o meu leilão.
Ser diferente,
É conseguir andar mesmo sem poder,
É olhar o céu e ver as estrelas,
É nada temer,
A cantar e a dançar,
Todos somos diferentes
Até mesmo no andar
Somos diferentes sozinhos ou acompanhados
Porque mesmo sozinho,
Temos sempre alguém ao nosso lado.
(Anabela de Jesus Antunes)
Quem me compra esta minha casa?
Tão vazia, tão cheia de nada.
Paredes cinzentas e frias,
Tão diferentes como a noite do dia.
Quem me compra este lugar, tão repleto de ar?
Quem me compra este balão?
Tem tão pouca cor como um melão!
Recorro às forças que roubei ao mar
Para o ar eu não poder roubar.
Recorro às forças que roubei ao mar
Para o teu cheiro pode lembrar.
Recorro às forças que roubei ao mar,
Para no teu peito me poder deitar.
Recorro às forças que roubei ao mar
Para que com tanto sofrimento te consiga continuar a amar.
Recorro às forças que roubei ao mar
Para as tuas saudades poder matar.
Recorro às forças que roubei ao mar
Para as boas recordações poder lembrar.
Recorro às forças que roubei ao mar
Para que nos teus braços me possa enroscar.
Com tudo isto meu amor, só te quero dizer que te amo
Como da primeira vez que te vi, com sorriso doce e olhar meigo.
Amo-te!
(Daniela Sofia Ferreira Pinto)
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