Há hoje, como sempre houve no passado, quem seja tentado a pensar que as últimas novidades trazem vantagens de tal modo evidentes que irão levar ao irremediável desaparecimento do que até então existia.
Foi assim com a rádio, que acabaria com os jornais, foi assim com a televisão, que acabaria com a rádio, foi assim com a fotografia, que acabaria com a pintura, foi assim com o cinema, que acabaria com a fotografia, etc., etc., etc.
E o livro? O livro de papel que o olhar percorre sob o afecto meticuloso dos dedos? Também já teve a sua morte anunciada, substituído pelo e-book.
Será assim? Não me parece. Mas prometo estar atenta e daqui a cem anos confirmo.
O livro acaba? Acaba o livro? Ora aí está uma boa ideia: acaba esse livro e começa outro, porque há sempre outro à nossa espera.
Excelente!
ResponderEliminarNão resisti a comentar... e este é um texto que transporta muitas saudades dessa minha "família" do CNO da Conde de Ourém!
Claro que o livro não acabará nunca! Eu tenho capacidades premonitórias... ;) Não sejamos "velhos do Restelo", resistentes às vantagens da modernidade e aos avanços da técnica e da tecnologia, mas não temamos o fim do livro. Eu que adoro tudo o que é novo, não dispensarei nunca o contacto físico com o livro, o cheiro do papel, a intimidade que se cria com o leitor... e, no entanto, já ando a ver o que irei comprar para poder ler noutro suporte. Aliás, reconheço as vantagens do Kindle, por exemplo, e alicia-me bastante!
Bom trabalho!
Bem hajam!