Quando ouvia falar no processo RVCC, ouvia dizer que era tudo fácil, que era um projecto de uma cor politica e por isso era tudo muito simples.
Mas, agora, tenho uma opinião totalmente oposta e aconselho todos os adultos que tenham o sonho de voltar a estudar, de saber algo mais que não pensem duas vezes, que sigam em frente. Eu, pessoalmente, sinto-me novamente como um jovem, com a idade dos meus filhos, pois senti, ao longo destes últimos meses, aquela preocupação em fazer os trabalhos a tempo e até algumas horas de sono foram a pensar como iria correr a sessão de júri na apresentação do trabalho final.
Conheci colegas que nunca mais vou esquecer, conheci Formadoras de uma dedicação e de um humanismo que não é muito frequente no nosso ensino, porque estavam sempre dispostas a ensinar, a tirar dúvidas não olhando aos seus horários, mas aos nossos horários.
Valeu o esforço de estar horas ao computador, durante a noite, madrugadas, fins- de-semana porque queria alcançar um objectivo que tinha abraçado, que era concluir o 12ºAno.
Agora, quando me perguntarem, por qualquer motivo, a minha escolaridade, vou sentir um pouco de vaidade em dizer que tenho o 12ºAno. Talvez não tenha grande valor para muitos, no entanto para mim tem.
Sinto que vou ter saudades daquelas horas que passei no Centro Novas Oportunidades da Escola E.B.2,3 D. Afonso, 4º Conde de Ourém, mas outras oportunidades poderão surgir.
A todas vós, profissionais e formadoras do CNO, agradeço a vossa ajuda e compreensão por hoje eu me sentir superior ao que ontem era.
Até sempre….
02.horas, Murtal, Atouguia, 21 de Janeiro de 2010
Armindo dos Santos Silva
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